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Ainda faz sentido falar em gestão de conhecimento?

Gerência de Projetos

Ainda faz sentido falar em gestão de conhecimento?

Neste artigo pretendo responder algumas questões corriqueiras de quem procura o curso de GESTÃO DO CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA COMPETITIVA do IDCE.

  • Hoje, quando se fala tanto em Transformação Digital, continua a fazer sentido desenvolver projetos em gestão do conhecimento?
  • Como uma empresa se mantém competitiva nesse mundo digital?
  • Afinal, como você define transformação digital como ferramenta competitiva e como se integra no debate sobre gestão de conhecimento?

Na minha análise, que apresento no livro que lancei este ano, “Administração 3.0 – por que e como uberizar uma organização tradicional” identifico a maior mudança administrativa da história do Sapiens.

Estamos saindo do modelo da gestão (baseado na mídia oral e escrita) e caminhando para a curadoria (baseada na linguagem dos cliques – muito mais exponencial do que as atuais).

Diagnostico, antes de tudo, profunda macrocrise de mentalidade não só nos negócios, mas em toda a sociedade, pois fatos novos não estão mais correspondendo aos nossos velhos paradigmas.

Os negócios estão mudando de forma disruptiva e a nossa mentalidade, processos, organizações não foram feitas para promover tais mudanças.

Organizações foram criadas para criar processos e repeti-los e não, de um dia para noite, criar tudo do zero sem causa compreensível.

Podemos dizer que a Internet, a uberização, a exponencialidade de várias empresas (como do  AirBnb, Uber, Mercado Livre, Estante Virtual) e de tantas outras demonstram, no fundo, que o diagnóstico da sociedade do conhecimento, bem difundido na década passada, estava equivocado.

Não estamos, definitivamente, entrando na sociedade do conhecimento, mas passando por mais uma Macro-Histórica mudança de mídia, que nos permite saltar do modelo de controle administrativo oral e escrito para o digital.

Estamos entrando, isso sim, na Sociedade da Curadoria.

Não faz sentido falar em gestão de conhecimento, mas em gerenciamento da disrupção e de um novo modelo administrativo, muito mais sofisticado e competitivo do que tínhamos.

Não faz sentido gastar tempo e recursos para se adaptar à sociedade do conhecimento, mas ao modelo administrativo curador, no qual o consumidor e colaboradores assumem novo papel, fortemente apoiados por inteligência artificial.

Não vivemos, assim transformação digital, mas administrativa.

Apesar da disciplina no IDCE levar este nome GESTÃO DE CONHECIMENTO pretendo demonstrar aos alunos que não faz mais sentido desenvolver projetos nessa direção.

Justamente por não agregar valor à competitividade.

Hoje, quando falamos em Inteligência Competitiva é preciso estar antenado com as mudanças que REALMENTE estão ocorrendo no mercado e com as demandas da sociedade e, principalmente dos consumidores e entre estes os mais jovens, que projetam nosso futuro.

Todas as empresas que estão começando e já lideram mercado exponencial do século XXI conseguiram atender a estas demandas do consumidor, que podem ser resumidas a:

  • personalização;
  • participação;
  • flexibilidade;
  • velocidade;
  • facilidade;
  • intangibilidade;
  • custos menores com qualidade maior.

No Uber, por exemplo, apesar de milhares de motoristas e milhões clientes, não existem gerentes e nem empregados de carteira assinada, não há demissão e nem admissão centralizadas.

O Uber só consegue ser exponencial, não por que houve um processo transcendental de meditação, mas por ter “matado” o antigo gestor e adotado o curador para controlar os processos.

O que pretendo apresentar na disciplina de GESTÃO DO CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA COMPETITIVA do IDCE é uma realidade que muitos líderes têm evitado escutar.

Porém, se querem se manter competitivos no tempo e não se contentarem a ser vagão no trem do futuro terão que fazê-lo – o quanto antes.

por: Carlos Nepomuceno

 

 

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